sábado, 22 de janeiro de 2011

A história do Devil May Cry

A saga Devil May Cry esteve a um passo de não existir. Pelo menos, não como a conhecemos actualmente. Depois de terminar o aclamado Resident Evil 2 em 1998, a Capcom decidiu dedicar-se a uma sequela de nova geração para a PlayStation 2, sob a direcção de Hideki Kamiya e da sua recém-formada equipa - a Team Little Devil.

Kamiya imaginou um afastamento radical da fórmula estabelecida por Resident Evil e, de forma geral, pelo género de terror de sobrevivência, impondo muito mais acção do que outros jogos dessa série de sucesso. Mas, em vez de abandonar o projecto, a premissa sofreu alterações e deu lugar a Devil May Cry.

Afirmou-se como um sucesso retumbante, com as vendas globais da série a ultrapassarem os cinco milhões de unidades vendidas e com a entrada de todos os títulos na colecção Platinum. O primeiro jogo é frequentemente mencionado como inaugurando a acção extrema, um género centrado em combates rápidos, imparáveis e cheios de estilo contra hordas intermináveis de inimigos.

Exterminador de demónios

O protagonista foi apresentado no primeiro jogo: Dante, um jovem mercenário pretensioso que passa o tempo a liquidar demónios, esperando um dia capturar (e matar) os responsáveis pela morte da mãe e pela corrupção do irmão. O seu pai é Sparda, um demónio de imensos poderes que se revoltou contra o imperador dos demónios e derrotou o seu exército. Dante herdou inúmeras capacidades sobre-humanas, combinando-as com uma diversidade de armas para atingir o seu objectivo.

A personagem foi criada à medida da visão de Hideki Kamiya: um homem "com estilo", uma longa gabardina para tornar a personagem mais "espectacular" e o sentido de humor "britânico". Dante enverga roupa vermelha - pois, no Japão, trata-se da cor tradicional das figuras heróicas - e a sua personalidade inspira-se no protagonista de uma série de banda desenhada japonesa chamada Cobra. O público reagiu de forma muito favorável e tem colocado frequentemente Dante nos lugares cimeiros das listas das personagens mais extraordinárias dos jogos de vídeo.

Para além de espadas, o seu armamento conta com pistolas e armas de combate, incluindo a Ebony e a Ivory, um par de revólveres que nunca precisa de ser recarregado. As armas são de fabrico artesanal e têm gravada a mensagem "For Tony Redgrave, By.45 Art Warks", por razões nunca explicadas.

Época de caça

O argumento da série não segue uma ordem cronológica exacta; de facto, a história inicia-se em Devil May Cry 3. Neste jogo, Dante derrota o irmão Vergil e cria uma agência de caça aos demónios (conhecida como Devil May Cry, uma referência directa à tristeza sentida pela morte do irmão).

Contudo, o regresso de Vergil estava marcado para o primeiro título da série: Dante enfrenta Nelo Angelo, um demónio que não é mais do que a encarnação de Vergil. Dante consegue libertar o poder da espada do seu pai (Sparda) que Vergil procurava obter em Devil May Cry 3, derrotando o arqui-inimigo e Mundus, um demónio ainda mais perigoso.

As vitórias tornariam Dante num caçador de demónios célebre; como tal, Devil May Cry 2 arranca com Lucia (uma caçadora) a pedir a Dante que combata Arius, um homem de negócios com poderes demoníacos. Durante o confronto com Arius, Dante abre um portal para o mundo das trevas e combate o lendário Argosax the Chaos. Depois de derrotar Argosax, Dante encontra a saída para o seu universo bloqueada e, enquanto tenta achar uma saída, acaba por mergulhar ainda mais fundo neste mundo - numa motorizada. O jogo termina quando Lucia investiga o eco de uma mota nas ruas.

Tudo isto prepara o palco para a estreia de Devil May Cry 4. Protagonizado pelo novo herói Nero, esta sequela lança luz sobre alguns aspectos da história, sem perder de vista a matança de demónios tão aclamada pelos fãs. Para obteres mais informações, lê a antevisão e transfere a demo da PlayStation Store (PS3) para espreitares a entrada na nova geração desta série absolutamente inigualável.

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